A primeira TV por assinatura a gente nunca esquece
Anderson Régis – Fotojornalista Em 2004, meu pai e o meu avô estavam cansados de assistir TV aberta, onde só assistiam os canais tradicionais como: Globo, SBT, Record e Band.

Anderson Régis – Fotojornalista
Em 2004, meu pai e o meu avô estavam cansados de assistir TV aberta, onde só assistiam os canais tradicionais como: Globo, SBT, Record e Band. Na época eu, ainda, adolescente assistia na Band, os programas de esportes, aos sábados e domingos, recheada de matérias de esportes. A emissora paulista tinha como slogan, “Band o Canal do Esporte” ou "Esporte é aqui na Band”.
Certo dia, eu e meu pai, caminhávamos de mãos dadas, pela Av Rio Branco, na Cidade Alta, em Natal. Meu comentou sobre um outdoor, com anúncio da Directv. Na placa havia uma garotinha sorrido tendo um controle de Tv, na mão. Meu pai anotou o número que constava na placa, na agenda do celular. Curioso, perguntei:
- Tá anotando o número pra quê? O meu pai respondeu: - Vou assinar esse canal de televisão. Só assim a gente vai ter mais canais na TV, para assistir. Demonstrando surpresa e contentamento, respondi: -Tá falando sério? Vou adorar.
Passaram-se alguns dias e, quando retornava da escola dei de cara, em frente a minha casa um veículo com o mesmo anúncio da Directv, que dias antes havia visto no centro da cidade. Corri para casa, onde fiquei observando um assistente técnico orientando meu avô a usar o controle, mudando de canais (alguns não existem mais). Os canais preferidos do meu pai eram canais de filmes e músicas, que assistia, geralmente, no período noturno, após um dia de trabalho.

Por outro lado, eu assistia tudo. Sportv, Bandsports e ESPN, filmes e desenho animados Nickelodeon, Jetix, Discovery Kids, etc. Já entrando pela madrugada, quando todos já haviam se recolhido para dormir, sintonizava um canal com contos eróticos. A apresentadora atendia ligações dos telespectadores que assistiam. Ficava assistindo o programa escondido, com receio de ser pego pelo velho. "-Se painho me pega, lascou”, ficava pensando, sem tirar os olhos da imagem da TV.
O programa erótico se chamava “Talk Sex” apresentada por Sue Johnson, no canal GNT da Globosat. Fiquei viciado no programa, raro o dia em que não assistia. Lembro que cheguei a ligar várias vezes para o programa porém, a ligação não completava. Como havia um custo da ligação, ao receber a conta da Telemar, meu pai observou que eu estava assistindo programas eróticos. Não reclamou, pelo contrário, uma noite, ficou assistindo o programa ao meu lado, sorrindo com o que via na telinha. kkkkkkk

Assistir TV era uma diversão para mim. Àqueles bons momentos nunca vão sair do meu pensamento, enquanto não posso construir novas memórias.
Eu vivo com a cabeça no passado, revisitando as boas lembranças que tenho guardada.

Gostei bastante KKKK uma resenha de adolescente mesmo assistir essas coisas. Lembro que tinha tv fechada na casa da família do meu ex padrasto, na época em que computador nem era tão popular assim. Era tão legal, várias opções de filmes, séries. Viajei no tempo com esta crônica 👏🏻