A Odisseia de Nolan
Alex Medeiros – Jornalista e Escritor (@alexmedeiros1959) – Texto publicado na Tribuna do Norte Sugiro a quem assistiu filmes com personagens mitológicos, especificamente gregos, desde os anos 1960 até ontem, que esqueça tudo ou guarde numa gaveta modesta da memória.

Alex Medeiros - Jornalista e Escritor (@alexmedeiros1959) - Texto publicado na Tribuna do Norte
Sugiro a quem assistiu filmes com personagens mitológicos, especificamente gregos, desde os anos 1960 até ontem, que esqueça tudo ou guarde numa gaveta modesta da memória. É preciso reservar um grande espaço para quando vier a nova produção do cineasta Christopher Nolan. Enquanto ainda contabiliza os números de Oppenheimer, ele já está trabalhando numa superprodução da Odisseia de Homero, o clássico de todos os clássicos.
Eu que desde os anos dos santificados cinemas populares de Natal, São José, São Luiz, São Sebastião e São Pedro, assisti a aventuras como Jasão e os Argonautas (1963), A Guerra de Troia (1961), Teseu e o Minotauro (1960) e A Odisseia (1968), já conto nos dedos os dias para conferir o novo projeto desse fantástico diretor e produtor que vem reescrevendo a história do cinema. E sei que superará as obras contemporâneas que abordaram a mesma temática.

Nolan desafiará tudo que já foi feito sobre o mítico poema de Homero e desafiando a si mesmo. Quem já se incorporou ao grande projeto, disse que ele está numa empolgação tamanha que tem agido como diretor independente.
Na nova adaptação, quem encarna Odisseu (Ulisses) é Matt Damon. E com um elenco milionário: Tom Holland, Robert Pattinson, Anne Hathaway, Zendaya, Lupita Nyong’o e Charlize Theron. Talvez ele convide também o DiCaprio.

No poema original, Odisseu, rei de Ítaca, embarca numa longa jornada para casa após o fim da Guerra de Troia. Mas, sua odisseia é um terror, pois o herói irá se deparar com ameaças terríveis e criaturas mitológicas inimagináveis.
Na mídia especializada diz que Nolan tem um orçamento louco e não pequeno devidamente administrado por ele, pois a grana vem da sua própria conta bancária. Há palpites de que ele tenha apenas na largada US$ 250 milhões.
Em duas notas nos jornais Boston Globe (EUA) e Mirror (Inglaterra) foi revelado que A Odisseia deverá ser o filme mais caro de Christopher Nolan, superando "Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge", que foi US$ 250 mi.
De acordo com um executivo da Universal Pictures, o filme é um épico de ação que será filmado em várias partes do mundo e usando a nova tecnologia de filmagem Imax. Será a primeira vez em se tratando da saga do poeta Homero.
Haverá uma parte filmada na ilha de Favignana, na Sicília, onde segundo historiadores Homero baseou vários capítulos da jornada de Odisseu (Ulisses) em sua épica narrativa literária escrita no século VIII antes de Jesus Cristo.
A ilha de Favignana é entendido como o lugar onde Odisseu e sua tripulação desembarcaram, coletaram alimentos e assaram cabras para não passarem fome. O lugar faz parte do arquipélago Egadi, na costa noroeste da Sicília.

Nolan quer filmar também na Inglaterra e no Marrocos. Na verdade, já gravou algumas cenas e no mês passado encarou críticas de que estaria interferindo na obra original, após divulgar uma imagem de Matt Damon, como Ulisses.
Eu citei as velhas aventuras dos anos 1960, mas é preciso destacar que nos tempos atuais já tivemos boas produções como Orfeu (1999), Troia (2004), Fúria de Titãs (2010), Imortais (2011), Hércules (2014) e os de Percy Jackson.

Vale lembrar que no texto da Ilíada, Odisseu usa um capacete de couro adornado com presas de javali e os críticos não aprovam a mania de Hollywood em sempre usar aquele capacete genérico como vassoura antiga.
A Odisseia de Christopher Nolan chegará aos cinemas em julho de 2026.
