18 de maio – Dia do Museu; data não foi lembrada em São José de Mipibu
O dia 18 de maio é o Dia Internacional dos Museus.

O dia 18 de maio é o Dia Internacional dos Museus. Apesar do município ter dois museus: Museu da Cachaça e Museu do Vaqueiro, a data não foi lembrada pela Secretaria Municipal de Cultura de São José de Mipibu.
Essa data deveria ser um momento para celebrar a cultura, a história e o patrimônio, incentivando a visita e o apreciação dos museus por parte do público, principalmente. estudantes, que desconhecem a nossa história.
Entrar em um museu é desvendar o tempo, conhecer o passado, dar sentido ao presente, mergulhar na cultura para saber mais sobre nossa própria gente. É conhecer nossa terra, nosso espaço, nossas raízes.
MUSEU DO VAQUEIRO

O Museu do Vaqueiro está localizado na Fazenda do Bonfim, em São José do Mipibu RN. No espaço, os visitantes tem acesso a um acervo sobre a cultura sertaneja em textos, fotos e peças originais, lembrando nomes regionais e locais que contribuíram para pesquisa e manutenção da cultura sertaneja, como o escritor e estudioso da temática sertaneja Oswaldo Lamartine; e o poeta e rabequeiro Fabião das Queimadas, entre muitos outros.
Os visitantes encontrarão uma estrutura que reproduz um típico casarão sertanejo, com um primeiro andar em sótão, além de um espaço dedicado a Luiz Gonzaga.
O espaço começou a ser idealizado pelo agrônomo Marcos Lopes em 2001, época em que inscreveu o projeto na Fundação José Augusto, o qual foi incluído por 12 meses na Lei Câmara Cascudo. O prédio foi erguido inicialmente com recursos próprios.
Dominguinhos doou uma sanfona que recebeu do músico Amazan ao Museu do Vaqueiro em São José do Mipibu RN.

A sanfona doada por José Domingos de Morais é uma réplica do instrumento tocado pelo próprio Gonzagão e foi presente de outro sanfoneiro conhecido em terras potiguares: Amazan. “Ganhei essa sanfona de Amazan. Ela é muito especial, porém, muito grande e pesada. Não posso mais usá-la. Não podia vender, nem entregar a outra pessoa. Resolvi então deixar no lugar mais correto. Por isso fiz essa doação”, explicou Dominguinhos.
FONTE: História e Cenários Nordestinos




MUSEU DA CACHAÇA

Desde 1921, o centenário Engenho Olho D'água produz um destilado extraordinário, fruto das plantações de cana-de-açúcar de São José de Mipibu. Um legado familiar que atravessa gerações, desde que Miguel Ribeiro Dantas estabeleceu suas raízes nestas terras férteis em 1773. Cada garrafa carrega não apenas uma bebida refinada de complexidade sensorial fascinante, mas também a história viva de uma família que, por mais de um século, tem aperfeiçoado a arte de produzir a mais nobre cachaça brasileira.
O Engenho Olho D'água teve sua origem, com o português Miguel Ribeiro Dantas, que vindo de Lisboa, fixou-se na Vila de São José do Rio Grande, no ano de 1773, tendo constituído família com a sua esposa Antônio Xavier de Barros e dessa união, tiveram sete filhos: Ana Maria Dantas, Antônia Xavier de Barros, Tenente Estevão José Ribeiro Dantas, Maria, Joana Maria Dantas, Josefa e Francisca. Aqui se fixando, requereu "sesmarias" (Glebas de terras) à Capitania de Pernambuco, dizendo-se ser brasileiro de origem, e residente na Vila de São José do Rio grande, hoje São José de Mipibu.
O nome original surgiu em virtude de terem sido encontradas inúmeras nascentes de água, nas terras pertencentes à Família Ribeiro Dantas, no município de São José do Mipibu; com o surgimento da Fazenda, e posteriormente do Engenho, o nome permaneceu definitivamente nos empreendimentos da família.
Tendo o Engenho centenário vivido o seu apogeu no século passado, com a plantação da cana de açúcar e a produção da sua famosa cachaça, encontrou na burocracia, nos altos impostos, e na decadência da bebida no Brasil, os motivos que fizeram com que as máquinas parassem de produzir. mas a tradição familiar, e o amor pela atividade herdada dos seus ancestrais, bem como as novas possibilidades de mercado, fizeram ressurgir "o gigante adormecido" da história do estado do Rio Grande do Norte.
Com o progresso do Engenho, surge a "AGUARDENTE OLHO D'ÁGUA" com o seu primeiro RÓTULO, em 1921; em 1941, com início da Segunda Guerra Mundial, para que a cachaça fosse exportada para outros países, era necessário um rótulo suplementar no idioma inglês; para esse fim, a análise para atestar a qualidade e a lisura do produto, foi feita pelo Dr. Raimundo J.O. Muniz de Araújo, Diretor do Departamento de Alimentação da Prefeitura do Distrito Federal, ou seja, pelo Secretário Geral de Saúde e Assistência. Com o sucesso que a Cachaça fazia dentro, e fora do país, em 1966 foi criada a "Agroindustrial Berckmans" que passou a fabricar uma segunda cachaça com o nome de "CANINHA EXTRA". Ambas as cachaças, superaram as expectativas de sucesso.

Em 2005, com a perda da marca original, foi lançada para o mundo, a "CACHAÇA BERCKMANS", em homenagem ao patriarca da família, JOÃO BERCKMANS DE SALES DANTAS, por ter sido o mentor de tudo, inclusive, criador da famosa aguardente, mundialmente conhecida hoje.
Posteriormente em 2019, foi lançada no mercado, a "CACHAÇA MIPIBU", cujo nome, é uma alusão a origem do município de São José do Mipibu, em face da existência em suas terras, do rio Mipibu.

Fonte: Mipibu Cachaça
A Cachaça Mipibu Malt Whisky foi desenvolvida com alto padrão de qualidade, requinte e sofisticação, sendo engarrafada em Garrafa importada de Trento, na Itália, agora reconhecida nacionalmente.
O Rio Grande do Norte, mais uma vez, brilha na premiação do 23° Concurso Vinhos e Destilados do Brasil, um dos principais do país para o setor
“Receber mais uma premiação, desta feita um Duplo Ouro, reafirma que nosso trabalho, além de primar por um processo produtivo bastante rigoroso em todas as suas etapas, também deposita o amor que temos pela pelo nosso destilado, e essa premiação reafirma nossa qualidade a nível de Brasil”, disse o empresário Fábio Dantas.

ENGENHO LAGOA DO FUMO
Casa do Engenho Lagoa do Fumo em São José de Mipibu. Oficialmente não é um museu, mas vale a pena uma visita agendada para conhecer o engenho, fundado em 1810, pelo Barão Miguel Ribeiro Dantas ('Barão de Mipibu"). Desde de 1881 pertencente à família do Coronel Felippe Ferreira.




Excelente crônica, José Alves! Nem todos sabem sobre esses três lugares, que são um cartão de visita para Mipibuenses ou não. Onde houver visitação pública, é preciso se saber, antecipadamente , os dias e horários disponíveis. Um dia , Mipibu haverá de ter também um MUSEU MUNICIPAL no centro da cidade ! Mipibu é Cidade histórica , e mais do que merece!
Dois museus que devem ser cada vez mais divulgados. Só conheço o do vaqueiro. Breve irei visitar o outro.